terça-feira, 4 de junho de 2013

O Amor Que Não Possuo Mais

Chovia. Naquele dia chovia forte. Gotas d’água molhavam minha janela. Mas o que eu realmente queria era que lavassem minha alma. Arrependimento era tudo o que eu sentia. Não havia mais dor, nem ciúmes. Não havia carinho, muito menos amor. A sensação de leveza que eu sentia não se comparava a nenhuma outra. A felicidade que eu não sentia mais a muito tempo, nesse dia, inundava minha vida de uma maneira nova, diferente. Começaram os raios. De alerta, cuidado. Raios coloridos.. raios convidativos. Aquela chuva, que no começo era uma simples garoa, se tornou uma tempestade, derrubando árvores, folhas, galhos.. encharcando minha vida. A chuva, me abriu os olhos. Me mostrou que tudo o que eu havia fazendo nos ultimos tempos era errado, era errante. De repente o vento sussurrou em meu ouvido: “Olhe para si. Onde você está indo? Deixar sua vida de lado pra viver e se transformar por outra pessoa? Sinta essa tempestade. Ela veio pra te levar daqui. Te derrubar. Não caia na tentação de ir com ela”. Eu simplesmente segui esses conselhos, que por sinal vieram do mesmo vento que estava causando tudo. Todo o desastre. Esse arrependimento, essa frieza, vieram por amar demais, sofrer demais, cair demais, acreditar demais, sorrir demais, falar demais, abraçar demais. Acreditar em palavras soltas, ditas para todos. Eu não sou qualquer pessoa. Eu não sou todo mundo. Resolvi então abrir meu guarda-chuva e me proteger da chuva. Há dias em que ela é boa, é renovante. Mas no meu caso, quando a chuva chega, é pra destruir mais uma coisa em minha vida.

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