quarta-feira, 22 de maio de 2013

RESENHA

O MUNDO DE SOFIA
Resenha


O livro "O Mundo de Sofia", do escritor norueguês, Jostein Gaarder, conta a história de uma adolescente que leva uma vida aparentemente normal, até que um fato curioso começou a tirar o seu sossego, cartas misteriosas, com algumas perguntas estranhas começaram a aparecer em sua casa.
O conteúdo das cartas traziam conhecimentos filosóficos sobre os filósofos naturais, pré-socráticos, medievais, modernos e pós-modernos.
Para a menina, eram questões instigantes, seus professores da escola não tinham o hábito de levar as crianças a pensar.

A grande sacada do livro é ensinar a filosofia através da literatura. É mesclar os conhecimentos a uma história empolgante. A história de Sofia e de Alberto Knox foi parar nas telinhas também.

O principal ensinamento do livro é a capacidade de admirar-se pelas coisas. Não podemos deixar que a fase adulta apague o desejo de conhecer o mundo. De tentar buscar explicações sobre o sentido das coisas. Nem sempre teremos respostas satisfatórias, aliás, quase nunca teremos essas respostas. Mas, estamos buscando a verdade. Assim como os diversos filósofos desde os tempos primitivos. Fazer filosofia é como uma aventura fantástica e o livro "O Mundo de Sofia", é uma chama inicial para buscarmos a sabedoria.


Resumo

O livro "O Mundo de Sofia", do escritor norueguês, Jostein Gaarder, conta a história de uma adolescente que leva uma vida aparentemente normal, até que um fato curioso começou a tirar o seu sossego, cartas misteriosas, com algumas perguntas estranhas começaram a aparecer em sua casa.

O conteúdo das cartas traziam conhecimentos filosóficos sobre os filósofos naturais, pré-socráticos, medievais, modernos e pós-modernos.

Para a menina, eram questões instigantes, seus professores da escola não tinham o hábito de levar as crianças a pensar.

Quem é você? De onde vem o mundo?

Sofia ficou perplexa com estas questões, elas não estavam no cronograma de estudos do seu cotidiano escolar. Buscou no seu esconderijo, o silêncio necessário para pensar a respeito. Então, resolveu fazer-lhe as mesmas perguntas que havia recebido:
Quem é você? Ao olhar-se no espelho, viu a sua imagem refletida e repetia os mesmos movimentos. A partir disso ela refletiu sobre o outro questionamento: De onde surgiu o mundo? Ela lembrou-se das aulas de religião e pensou: ''o mundo foi criado por Deus'', mas pensou de novo e se perguntou: De onde veio Deus?

Naturalmente para Sofia tudo tem uma causa, para ela, Deus também foi criado, então ficou em dúvida e pensou de novo: haveria de ter uma explicação mais plausível para estas perguntas.

Sofia realmente estava empolgadíssima com as cartas misteriosas, já não conseguia manter a concentração na escola, e tudo o que os professores tinham a ensinar, não eram questões relacionadas ao cotidiano das pessoas.

A partir daí Sofia passou a entender que as pessoas se preocupavam com coisas banais. Sua colega de escola percebeu a sua indiferença, quando a convidou para jogar baralho e peteca, a resposta de Sofia foi seca: "tenho coisas mais importantes a pensar".

Ao chegar em casa, logo foi correndo para a caixa de correio e lá havia mais uma correspondência endereçada a Hilde Knag, mas aos cuidados de Sofia, cujo remetente é seu pai que está no Líbano.

Sofia meditou sobre aquela situação, uma carta misteriosa de felicitações por seu aniversario de 15 anos, endereçada a outra menina. Exclamou Sofia: "Que pai em sã consciência faria uma coisa dessas", e ainda remetida a uma menina que ela nunca viu antes.

Realmente aquelas cartas estavam mexendo com o mundo pacato de Sofia, e ela estava certa de uma coisa, o autor das cartas iria se manifestar outra vez. Após chegar da escola, Sofia foi correndo verificar se haviam mais cartas, encontrou mais uma, com seguinte frase: Curso de Filosofia, Maneje com cuidado!

A principal atitude de um filósofo é a admiração sobre as coisas, segundo a narração da carta, o filósofo comparou a atitude de uma criança que se maravilha com muitas coisas, quando vê um cachorro logo diz "au au" com grande entusiasmo, e nós os vividos dizemos, sim, um cachorro, mas fique em silêncio, por favor!

Isto com certeza é a primeira atitude, admirar-se, outro exemplo para classificar a indiferença dos adultos, é a mágica no momento do ápice, pois é o truque onde todos se maravilham e tentam descobrir como foi que o mágico fez aquilo. Logicamente um adulto possui a maturidade o suficiente para entender que o mágico a iludiu, mas as crianças ficam maravilhadas e admiradas com o coelhinho que saiu da cartola.

(Narração do filósofo)
Vamos começar nosso curso Sofia pela antiga Grécia, mais propriamente pelos mitos. Os mitos eram as histórias dos deuses que explicavam a vida assim como ela é.
Dias depois, chegou outra carta com a seguinte pergunta: Existe uma substância básica a partir da qual tudo é feito? Hoje, Sofia, vamos estudar sobre os filósofos da natureza, esse título sobrevém pelo simples fato de que eles se interessavam pelos processos naturais. O primeiro filósofo de que se tem noticia nessa época se chama Tales, ele considerava que a água é a origem de todas as coisas, o próximo filósofo é Anaximandro, ele dizia que o nosso mundo era apenas um dos muitos mundos que surgem de alguma coisa ao qual ele chamava de infinito. Depois veio Anaxímenes, para ele, terra, água e fogo surgiram de um único elemento o ar. Logo depois, surgiu na cidade de Eléia, um filósofo chamado Parmênides que acreditava que tudo o que existe sempre existiu, ele dizia que nada surgiu do nada, ou seja, nada pode se transformar em algo diferente do que já é. Nessa mesma época viveu Heráclito, para ele as transformações eram importantes, tudo está em movimento e nada dura para sempre. Outro filósofo que não se deu por satisfeito, e que disse que tudo surgiu de um elemento básico foi Anaxágoras. Para ele a natureza era composta por uma infinidade de partículas invisíveis. Assim, seguiram-se as cartas misteriosas à Sofia, e ela cada dia mais ficava intrigada em saber quem era seu remetente.
(Narração do filosofo)
Sofia as próximas lições serão sobre Demócrito, ele presumiu que todas as coisas eram feitas de partículas minúsculas, invisíveis, ao qual ele chamou de átomo. Agora, vamos falar um pouquinho sobre Sócrates que foi condenado por corromper a juventude ateniense, e a sua sentença foi a de beber cicuta, ele dizia que: Será que existe um sentimento natural de pudor? Mais inteligente é aquele que sabe que não sabe? O verdadeiro conhecimento vem de dentro. Quem sabe o que é certo acaba fazendo a coisa certa. Sócrates teve um discípulo chamado Platão que escolheu o diálogo como forma de registrar por escrito sua filosofia, ele chegou à conclusão que o mundo é formado pelas ideias, e tudo o que existe no mundo dos sentidos é feito de um material corrosivo. Um exemplo disso Sofia: Por que todos os Cavalos são iguais? Naturalmente, você pensa que todos eles são iguais, existe algo que os diferencia, ele envelhece, fica manco, adoece e morre, mas a verdadeira forma do cavalo é eterna e imutável. Ou seja, a verdadeira forma do cavalo é eterna e imutável. Para Platão o eterno e imutável são os modelos espirituais ou abstratos a partir do qual os fenômenos são formados. A realidade se divide em duas partes: o mundo dos sentidos, e o mundo das idéias, no mundo dos sentidos usa os nosso cinco sentidos e no mundo das idéias fazemos o uso da razão. Para explicar isso, ele deixou a chamada "Alegoria da Caverna.
Aristóteles se preocupava com a filosofia das causas naturais, sobre aquilo que hoje se chama de processos naturais, ele foi um grande sistematizador, o homem que fundou e ordenou às várias ciências.
Desta forma, as cartas continuaram sendo endereçadas a Sofia com o o objetivo de lhe ensinar filosofia, e apresentar os filósofos desde a idade antiga até a idade moderna. Diversas teorias, mas algo ainda não havia sido explicado, e deixou Sofia curiosa: quem é o misterioso remetente e porque as cartas da filha do remetente estão sendo endereçadas aos cuidados de Sofia, sendo que o aniversário dela coincidentemente era no mesmo dia que Hilde, a menina da carta, e quem era o professor de Filosofia?
Finalmente, o dia de conhecer o professor chegou, o encontro foi marcado numa igreja medieval. Quando a menina chegou, Alberto seu professor de filosofia, estava com um traje de monge e Sofia ficou com medo. Alberto dirigiu-se ao púlpito e começou a falar em Latim, Sofia disse-lhe: fala em Norueguês seu bobo, e Alberto pediu que se fizesse silêncio. Nesse momento, Alberto discursa sobre a idade média e após ter terminado a homilia, ele dirigiu-se a Sofia no banco. Para Sofia era estranho tê-lo ao seu lado. Alberto retirou o capuz e Sofia perguntou-lhe: Por que você entrou em minha vida? respondeu Alberto: Ainda vamos nos conhecer melhor. A tão esperada festa de aniversário chegará, e os convidados foram chegando, inclusive Jorum, a sua melhor amiga. A mãe de Sofia estava ansiosa por conhecer seu novo professor de Filosofia.

Todos estavam à mesa, quando Alberto Knox chegou com um buquê de flores. A mãe de Sofia tratou-o com um ar de ironia, pelo fato dele ter mais idade.


Enfim, Alberto se levanta e propõe um discurso a todos os convidados presentes: "Bom, a principio gostaria de parabenizar a Sofia e contar-lhes um pouco sobre o que estudamos. Nós fizemos algumas reflexões filosóficas que estenderam-se desde os primeiros filósofos gregos até os dias de hoje e descobrimos que vivemos a nossa aventura na cabeça de um major.

Ele se encontra atualmente no Líbano, trabalha como observador da ONU, e escreveu um livro para dar um presente à sua filha. As personagens surigiram na criação dele, tudo com o objetivo de entreter sua menina.

by - Wanderley dos R.R.Filho
 

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